Comer uma melancia junto a um rio

Um artigo recente no jornal Público, chama a atenção para a grande diversidade de peixes que vivem nos cursos ribeirinhos – “mais de metade das espécies conhecidas” – sendo que um terço destas espécies estão em perigo de extinção. Fala-nos também da Lampreia, que anda por cá desde os tempos dos dinossauros e cuja população está em rápido declínio, em Portugal e globalmente.

Seria bom de facto “que algumas luzes de alarme se acendessem”, por todas as razões óbvias, mas será que só conseguimos justificar a nossa ação de cuidar ou proteger a natureza pelo seu “valor económico” ou pela “manutenção de um planeta mais saudável”, como se tratasse de uma coisa distante?

Não bastaria dizer, que era bem melhor podermos dar um mergulho num rio, sem temos que pensar duas vezes? ou podermos comer uma melancia, sem ter que levar com um cheiro a sulfureto?

Felizmente, ainda não é esse o caso do rio Sever, onde estivemos em residência na primavera do ano passado.

Francisco

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Fotografia: Nuno Barroso

/ coletivo Guarda Rios no Rio Sever, piquenique com Patrícia Gomes e Steve Sprung /

Link para o artigo do Jornal Público.

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